O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nessa quarta-feira (5) o Ministro das Relações Exteriores de Angola, Tete Antonio e comitiva. Durante a reunião, os ministros reforçaram a importância do diálogo entre os países, que são parceiros comerciais.
Fávaro reforçou a prioridade do governo federal e o compromisso do Mapa no desenvolvimento de políticas de apoio aos produtores. “Precisamos reconhecer que as relações diplomáticas com o Brasil não foram as melhores. Mas, agora, o presidente Lula está determinando essa reaproximação, a criação de laços mais fraternais e que, consequentemente, gerará mais oportunidade para os dois países”.
O Brasil foi o quinto parceiro comercial nas importações de Angola em 2021. Em 2022, as exportações agropecuárias brasileiras alcançaram o valor de US$ 468,01 milhões. Os principais produtos exportados pelo Brasil para o mercado angolano foram carne de frango in natura, açúcar refinado, demais preparações de carnes, trigo e carne suína in natura.
“Estamos aqui principalmente para reforçar a importância da continuação da nossa cooperação entre Brasil e Angola. Essa visita simboliza um marco nessa parceria estratégica em prol do setor agropecuário”, destacou o ministro de Angola.
O secretário de Relações Internacionais, Roberto Perosa, também falou sobre a cooperação técnica entre os países, para o desenvolvimento de programas da agropecuária. “Podemos colaborar com tecnologias de produção para agricultura tropical, por meio da Embrapa, como no desenvolvimento de políticas públicas, a exemplo do seguro rural”.
A atividade agropecuária em Angola é predominantemente praticada por agricultores familiares. Existem 2.370.757 produtores rurais, sendo 5.877 explorações empresariais e 2.364.880 familiares.
A secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa (SDI), Renata Miranda, defendeu o intercâmbio de conhecimento bilateral. “A SDI tem o papel de articular junto à Embrapa uma agenda que compõe toda visão de inovação, desde o desenvolvimento tecnológico, da investigação até a agregação de valor do produto. Nessa cooperação, com certeza podemos estabelecer uma troca de aprendizados”.
Do lado brasileiro, participaram da reunião o secretário de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), Roberto Perosa; a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), Renata Miranda; e o secretário adjunto de Defesa Agropecuária, Márcio Rezende. Representando o governo angolano estavam o Embaixador da República de Angola na República Federativa do Brasil; o diretor de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Cruz; o diretor do Instituto de Serviços de Veterinária, Henrique Gime; o diretor Nacional para Agricultura e Pecuária, Manuel de Almeida; e a primeira secretária e Consultora do Gabinete do Ministro das Relações Exteriores, Vézua Bula.
Adidos na Angola
Atualmente, o Mapa possui 28 adidos agrícolas brasileiros designados junto às representações diplomáticas no exterior. Em Luanda, porto que movimenta mais de 70% das mercadorias importadas, o Mapa possui um adido agrícola.
O adido agrícola atua na abertura, manutenção e ampliação de mercados para o agronegócio brasileiro, contribuindo para geração de divisas e empregos no Brasil. Tem o papel de identificar oportunidades, desafios e possibilidades de comércio, investimentos e cooperação. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado e interagem com relevantes formadores de opinião na sociedade civil, imprensa e academia.
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Agricultura e Pecuária
Fonte: gov.br